Os diversos caminhos para um livro chegar ao leitor
Publicado em: 30 de setembro de 2022 Categorias: Destaque
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Há muitas maneiras de se produzir um livro. A EAB Editora oferece os serviços que otimizam e auxiliam os autores e autoras em todos os processos. Confira mais no artigo abaixo.
As profundas transformações tecnológicas que marcam a nossa época também afetam a forma como escrevemos, publicamos e consumimos os livros. Diferente do que alguns teóricos chegaram a afirmar esta diversidade de novos suportes, formatos e modalidades de leitura não decretou o fim do livro, mas ampliou a diversidade de caminhos para a publicação, permitindo novas formas de fazê-lo.
Apesar de aqui na EAB Editora sermos entusiastas das novas tecnologias, formatos, suportes e técnicas, podemos destacar que, na prática, a maior parte delas ainda está no campo da curiosidade e experimentação, não chegando a se configurar como soluções concretas para a maioria dos autores e das autoras e leitores. Por isso, neste artigo, propomos uma síntese trazendo aquilo que um dia foi novidade e agora se apresenta como possibilidade concreta e disponível.
Para começar, vamos falar sobre os suportes. E quem vai explicar um pouco mais sobre o assunto é o gestor de Atendimento e Comunicação da EAB Editora, Rodrigo Roman. Ele conta que os livros costumam ser divididos em dois grupos, segundo a forma como este livro vai ser lido. Isso, diz Rodrigo, são os suportes. “Ou o livro será lido em papel impresso ou em uma tela, em um suporte eletrônico - celular, computador, tablet ou aparelhos específicos para leitura”, esclarece.
Na EAB Editora, dentro do suporte eletrônico, são trabalhados dois formatos por excelência: o em PDF e o ePub. Rodrigo enfatiza que o formato PDF é ótimo para a produção de livros acadêmicos e para livros que serão distribuídos gratuitamente, pois ele é mais fácil de ser produzido, pode ser impresso e ser lido sem conexão com a internet e em praticamente qualquer dispositivo.
Um ponto negativo abordado por Rodrigo quanto ao PDF é dificuldade de monetizar as obras neste formato. “O fato de ele ser tão facilmente copiado e distribuído via internet pode ser um problema se o autor ou a autora tem o objetivo de vender e ganhar algum dinheiro com ele. Por isso, existem pouquíssimas lojas online que aceitam este formato de livro para venda”, pondera.
Autores e pesquisadores que tem interesse em comercializar o livro e desejam oferecer uma melhor experiência de leitura em qualquer tamanho de tela - se você já tentou ler um PDF com uma tabela em um celular sabe do que estamos falando –, devem publicar em formato ePub. “Você vai conseguir vender em muitas lojas na internet e, ainda que na Amazon seja diferente, é muito fácil converter um ePub no formato AZW ou MOBI, exigido pela big tech”, defende Rodrigo.
Espaço do livro eletrônico no mercado
Uma informação interessante sobre o mercado do livro eletrônico no Brasil: dados da pesquisa ‘Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro’, feita pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) mostra que, em 2021, este formato representou menos de 6% do mercado de livros no país.
E os impressos?
Se você pensa que o livro impresso é feito da mesma forma que há alguns anos, está muito enganado. Muitas inovações de produção e distribuição permitem, atualmente, que mais autores e editoras participem do mercado. Na EAB Editora utilizamos, frequentemente, duas destas inovações: a impressão digital de baixas tiragens e a impressão sob demanda.
Impressão digital de livros não é uma novidade – que o diga a velha fotocópia da faculdade! A novidade é que a qualidade de impressão, os tipos de papéis utilizados e os acabamentos da impressão digital atingiram um patamar muito próximo aos dos métodos tradicionais. Hoje, é viável pensar em tiragens de 10 e 50 livros onde antes era impossível produzir menos do que 500 ou 1.000 unidades. Para livros coloridos esta diferença de custos é ainda mais favorável à impressão digital, com diferenças de qualidade cada vez menores.
Rodrigo ainda cita outra possibilidade para os autores e autoras comercializarem seus livros impressos sem a necessidade de gastar com a impressão: a impressão sob demanda. Nesta modalidade o livro é editado e, antes de ser impresso, é colocado à venda nas mesmas lojas digitais dos demais livros.
Quando alguém compra este livro uma ordem é emitida, o livro é impresso, embalado e enviado para a casa do comprador, pagando ao autor um percentual sobre a venda de cada exemplar. Toda a logística de recebimento, impressão e entrega fica por conta da editora.
Estas múltiplas possibilidades podem assustar quem quer publicar um livro. Por isso, Rodrigo destaca que o papel da Editora é orientar e ajudar o autor a escolher a melhor combinação de formato, suportes e estratégias de produção e distribuição do seu livro, levando em conta as peculiaridade de cada caso. “Não existe apenas uma forma correta de fazer um livro, felizmente, pois assim diferentes projetos de livros podem encontrar diferentes formas para serem viabilizados”, argumenta.
Imagem em destaque: Daniel Sancho - flickr.com (CC BY-NC 2.0)